De acordo com o engenheiro Apurinã Caldas, à frente das fiscalizações, toda água que sofre alteração pelo uso humano, industrial e comercial é considerada esgoto e deve ser destinada para a rede coletora de esgotos e não para galerias de águas pluviais. “Despejar a urina assim, diretamente no solo, é um dano ao meio ambiente. Se há caixas coletoras acopladas abaixo das estruturas dos ônibus não há motivo para eles encaixarem tubulações para despejar parte dos dejetos para as galerias. Até a água da torneira que cai diretamente para fora pode estar contaminada, já que as pessoas lavam as mãos após usar o banheiro. E se passa um lençol freático por perto, como fica a situação?”, questionou o engenheiro Apurinã Caldas, à frente do trabalho de fiscalização. Com isso, a recomendação é que a administração faça a ligação direta das tubulações dos banheiros para as caixas coletoras.
“Além disso, o circo terá que contratar, em caráter emergencial, uma empresa coletora de fossa para que os dejetos sejam destinados corretamente para uma estação de tratamento”, afirmou Caldas. Feitos os processos, os recibos de coleta deverão ser apresentados à secretaria. A gerente financeira do espaço, Cristiana Carvalheira, reconheceu que o procedimento estava sendo feito de forma incorreta e se comprometeu em seguir as ordens da prefeitura. “Esse é o nosso procedimento em todas as cidades que o circo passa uma temporada. Não sabíamos que isso poderia causar dano ao meio ambiente. Mas, claro que nos comprometeremos em contratar uma empresa pra cuidar do destino da fossa”, garantiu. As apresentações ocorrem da terça-feira ao domingo e a capacidade de público chega até mil pessoas.
DENGUE - Durante vistoria também foram detectados vários entulhos ao ar livre: um verdadeiro convite para a proliferação do mosquito Aedes aegypti. Havia pneus, tampas de garrafa, restos de móveis e até tonéis sem tampa. “Ainda encontramos entulhos que podem servir de criadouro. Além de regularizar a rede de esgoto, o circo terá que remover todos esses materiais”, alertou Caldas.
Técnicos da Secretaria de Controle Urbano de Olinda inspecionaram o local na última sexta (15) |
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