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7 de setembro de 2017
NOVOS VIDEOS DO CANAL MENINA DO CIRCO!
Esta imperdivel os novos videos do canal Menina do Circo, canal criado por Helouise Portugal, com certeza o melhor canal no youtube contando sobre o dia dia circense.
CIRCO BREMER CONTRATA MOTORISTA CARRETERO!!
Circo Bremer, esta contratando motorista carretero.
O circo esta na região de Ribeirão Preto-SP.
O circo oferece moradia.
Interessados favor ligar e watts: 47-997713110, falar com Rose Bremer
O circo esta na região de Ribeirão Preto-SP.
O circo oferece moradia.
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FUNARTE ANUNCIA PAGAMENTO DAS PREMIACOES DE 2016!
Cultura libera R$ 4 milhões para contemplados em editais da Funarte de 2016
O Ministério da Cultura vai liberar R$ 4 milhões para pagar os contemplados em editais da Fundação Nacional de Artes (Funarte) do ano passado nos setores de música, artes visuais e doação de kits de iluminação cênica. O anúncio foi feito hoje (11) no Rio de Janeiro, pelo ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, que concedeu entrevista coletiva junto com o presidente da Funarte, Stepan Nercessian.
De acordo com o ministro, a pasta sofreu contingenciamento de 43% do orçamento em março e ficou sem caixa para pagar os vencedores de 2016. Ele explicou que tem buscado liberaração de verbas para “honrar os compromissos assumidos”, mesmo que por outra gestão, antes de lançar novos editais de incentivo e fomento, e tem “buscado com lupa nas planilhas de orçamentos” para encontrar valores escondidos ou esquecidos. “Estamos catando moedas”, disse Leitão.
O ministro citou a identificação de R$ 100 milhões em fundos da Agência Nacional do Cinema (Ancine), que foram anunciados em Fortaleza na semana passada para projetos audiovisuais para televisão. Com a Funarte, foram definidas as ações e investimentos para este ano e de 2018.
Serão pagos R$ 972,5 mil referentes ao Prêmio de Composição Clássica, com 46 contemplados em cinco categorias; R$ 2,114 milhões para o Prêmio Conexão Circulação Artes Visuais, com dez exposições de pequeno porte; e um total de R$ 1,1 milhão na compra de equipamentos de iluminação cênica para doação a 38 salas de teatro e 11 cinemas.
A Funarte vai publicar ainda este mês os editais para a ocupação, no segundo semestre, de 21 dos 27 espaços da Fundação no Rio de Janeiro, em São Paulo, Belo Horizonte e Brasília, nas áreas de música, circo, teatro e dança. Até outubro, será lançado o edital para a ocupação em 2018, que incluirão também espetáculos, oficinas e debates.
“Em todas as conversas com as associações do setor cultural e entidades representativas, tem sido colocado que há artistas que não encontram palcos. Os espetáculos estão disponíveis, muitas vezes até com patrocínio, mas não encontram teatros e salas de espetáculo para que sejam apresentados e disponibilizados ao público. Acho que essa é uma das vocações dos nossos espaços e vamos lançar esses processos públicos de seleção, com critérios para que se tenha a maior diversidade possível nas áreas de expressão e dos artistas, para que a gente dê um alcance nacional para esse edital de ocupação.”
Nercessian explica que a novidade é que a Funarte vai ceder o espaço gratuitamente, sem cobrar os 10% da bilheteria. “Nós vamos fazer as coisas com o pé no chão para fazer concretamente. Em 2018 vamos abrir mão dessa ocupação até dos 10% de bilheteria que hoje a Funarte tem. Quem ocupar vai ter o subsídio da gente bancar o espaço e a renda é toda da produção, do artista. Vamos quebrar também a limitação do preço do ingresso, que era um impedimento muito grande para produções mais caras.”
Escola Nacional de Circo
O ministro também anunciou o início das aulas para a segunda turma da Escola Nacional de Circo, com 60 alunos selecionados entre os 280 inscritos no edital. Além das aulas técnicas em tempo integral, os alunos recebem uma bolsa que soma R$ 55 mil no período de 22 meses de duração do curso profissionalizante. Segundo o presidente da Funarte, a turma que se formou neste ano teve, pela primeira vez, o diploma reconhecido pelo Ministério da Cultura.
Outra medida anunciada é a reforma para a reativação das salas Cássia Eller, dedicada à música, e Klauss Vianna, para dança, ambas no complexo Funarte de Brasília, que receberão aporte de R$ 1,4 milhão para estarem disponíveis para o edital de ocupação de 2018.
A Funarte também vai lançar, no dia 5 de setembro, uma publicação com as obras completas do autor de teatro Plínio Marcos, e um edital para a digitalização do acervo de obras de formação artística da fundação. Segundo o ministro, já existem 200 disponíveis no portal publicadas a partir de 2010, e o edital vai contemplar 400 publicações lançadas entre 1990 e 2010.
A última ação anunciada pelo ministro é o projeto Dança às 12h30, que começa no dia 16 de agosto no teatro Cacilda Becker, no Rio de Janeiro, dirigido por Ana Botafogo e Cecília Kerche. “As apresentações serão gratuitas, às quartas, quintas e sextas-feiras, com trechos de balés e óperas consagrados. As peças serão apresentadas de forma didática, com um viés de formação de público, e depois são encenados trechos. É um modelo que vamos testar para ser replicado pelo país.”
CIRCO QUE FOGE COM CADEIRAS LOCADAS NA CIDADE, E ENCONTRADO PELA POLICIA!
O Circo Neon, que deu um calote de 200 cadeiras de plástico PVC e duas mesas em um comerciante de
Bicas/MG (82 Km de Cataguases), onde estava fazendo apresentações no final de semana passado,
foi localizado e os móveis recuperados.
A informação foi divulgada pelo proprietário dos objetos furtados, Evandro Alhadas e seu filho,
no final da noite desta quarta-feira, 16 de agosto.
As informações ainda são iniciais e não há muitos detalhes sobre esta operação.
Segundo informou o site Repórter Kadu Fontana, a trupe foi localizada em Cachoeira Paulista/SP,
cerca de 327 km de onde saiu levando as cadeiras e as mesas que não lhe pertencia.
A Polícia Militar paulista foi informada sobre o fato e fez a apreensão dos móveis bem como os veículos
e o proprietário do circo teve de se explicar à autoridade policial.
O trabalho de inteligência da Polícia Civil foi decisivo para que esta operação tivesse um final feliz para
o dono dos móveis.
O circo saiu de Bicas no meio da madrugada de segunda-feira, 14.
A foto que ilustra esta matéria mostra o ônibus azul do circo e, ao fundo,
as cadeiras que pertencem ao comerciante mineiro.
INCENDIO EM MATO PROXIMO A CIRCO, CAUSA SUSTO!
Um incêndio em vegetação levou o Corpo de Bombeiros a Avenida Rubens Ribeiro da Silva, em Canoinhas, próximo as lojas Breithaupt.
O incêndio de grande intensidade que começou no ultimo sabado dia 12/08, por volta das 18h25 se alastrou, e como o local é de difícil acesso, a equipe do Corpo de Bombeiros teve que montar uma linha de proteção a uma empresa de implementos agrícolas, bem como ao The Magic Circus que está instalado nas proximidades.
Cerca de 5.000 m² foram queimados e aproximadamente 6.000 litros de água foram utilizados. Após verificarem a segurança do local, os bombeiros retornaram ao quartel.
Vejam video abaixo do fogo chegando proximo ao circo.
fogo bem proximo aocirco que esta a esquerda da foto |
Cerca de 5.000 m² foram queimados e aproximadamente 6.000 litros de água foram utilizados. Após verificarem a segurança do local, os bombeiros retornaram ao quartel.
Vejam video abaixo do fogo chegando proximo ao circo.
CIRCO E ABANDONADO EM TERRENO!
Há mais de um ano circo foi "abandonado" em Douradina/MS.
De repente o espetáculo se encerra. Baixam-se as cortinas. As luzes se apagam. O público vai para suas casas. O mistério começa. Simplesmente, como fumaça, os artistas vão embora. O circo é deixado para trás.
Já se passou mais de um ano e os caminhões, trailer, globo da morte, os figurinos e até mesmo a lona que cobria o circo foram deixados para trás na pequena cidade de Douradina, no interior de Mato Grosso do Sul.
Esta é a história do fim do Gran Circo Mexicano. Em Douradina muitas pessoas passam em frente de vasto quintal de uma das vinte casas que ainda restam na Vila Muruim a pouca distância do centro da cidade e não entendem nada daquele cenário de desolação.
Depois de uma temporada de apresentações entre a primavera de 2015 e o verão de 2016 nas cidades da região de Dourados, o Gran Circo Mexicano capitulou em Douradina. Comenta-se na Vila Muruim que os pilotos que se apresentavam no globo da sofreram um acidente e foram embora levando as motocicletas.
Os artistas foram embora e deixaram todo o patrimônio do circo no quintal da casa e se comprometeram a pagar um aluguel mensal no valor de R$ 250,00 para que tudo ficasse “guardado” até que pudessem buscar.
O Gran Circo pertencia a uma família que estava há várias gerações no negócio mas com o passar dos tempos, com a chegada da internet e a proibição do uso de animais nos estáculos começou a perder público e de se definhar.
POLICIA PRENDE DONO DE CIRCO POR FURTO DE ERNEGIA!
Policiais Civis da Delegacia Especializada na Repressão a Furtos praticados contra Concessionárias Prestadoras de Serviços Públicos (água e energia elétrica) – Derfae, comandados pelo delegado Elírio Putton Júnio efetuaram na tarde da última sexta-feira, 14, a prisão em flagrante do proprietário de um Circo, em Porto Nacional. O indivíduo é suspeito pela prática do crime de furto de energia elétrica e foi capturado,quando se encontrava no interior do nas dependências do circo.
Conforme o delegado Elírio, o Circo está instalado em Porto Nacional, na Avenida Beira Rio, desde 04/07/17, sendo que foi solicitado o pedido de ligação provisória de energia pelo circo com a previsão de um consumo de energia no valor de R$ 1.094,26 para a temporada que passaria na cidade. No entanto, havia indícios de que, na verdade, o empreendimento estaria consumindo muito mais energia do que a faixa de tarifa solicitada.
Desta maneira, equipes da Delegacia Especializada da polícia civil, em conjunto com funcionários da Energisa, foram fiscalizar o local e logo constataram a existência de duas ligações clandestinas, ocasionando furto de energia elétrica: uma no padrão, com um desvio antes da medição, e outra realizada diretamente através de um cabo que passava para um poste fora da área do circo.
Ao inspecionar as dependências do local, os policiais civis constataram a existência de vários equipamentos eletrônicos em funcionamento nos trailers dos artistas, os quais eram alimentados com a energia que estava sendo furtado. Através de equipamentos de medição e de estimativas da empresa foi calculado que com a média do consumo apresentado o circo teria gerado um prejuízo no valor de aproximadamente R$ 6.000,00 à Energisa até o momento.
Acredita-se, no entanto que o prejuízo seria muito maior, devido à quantidade de equipamentos que são utilizados durante o espetáculo, como a atração King Kong, uma estrutura metálica imitando um gorila de 11 metros de altura com diversos componentes eletrônicos, além da iluminação e som.
Diante das evidências, o proprietário do circo foi encaminhado à sede da Derfae, onde foi autuado em flagrante pelo crime de furto de energia elétrica. Todavia, o homem recolheu aos cofres públicos, a fiança de R$ 2500, arbitrada como fiança pela autoridade policial e, com isso, ganhou o direito de responder ao inquérito em liberdade.
REPORTAGEM ESPECIAL DO DIA DOS PAIS!
Um pai que leva uma vida itinerante
O Palhaço Biliro, do mambembe Empyre, mistura vida pessoal e trabalho e cuida em tempo integral dos três filhos que lhe seguem o dia inteiro, aprendendo a arte circense.
Um pai, uma mãe e três filhos dividem a mesma casa. Gato e cachorro no quintal. Descrição comum para uma família, não fosse a casa um trailer e o quintal qualquer lugar do Brasil. No picadeiro do Empyre Circu's o palhaço Biliro interpreta diversos personagens, dubla, dança e brinca com dois jovens palhaços.
Por trás das cortinas é Manoel Vital Ramos, 48, marido de Dellane Haley, 31, pai de Nalanda Beatriz, 13, e dos seus dois parceiros de palco, Nalbert Bruno,12, o Beijinho e Nauã Breno, 9, o divertido Misturinha.
A vida no circo não é simples, ainda mais para um pai de três crianças que precisa se preocupar com a educação dos filhos e nunca sabe em que local estará daqui há um mês. Porém, Manoel lida com qualquer adversidade do melhor jeito que sabe, com um sorriso no rosto e os filhos do lado. A história é contada pelo próprio palhaço.
Leia o depoimento:
Sou filho de pai ausente e alcoólatra. Quando ele ia para casa estava bêbado, então minha mãe tinha que cuidar dele, de mim e dos meus nove irmãos. Deve ser por isso que sou tão família e apegado com os filhos que tenho aqui. Tenho outros que não vivem comigo e não os esqueço, apesar de a distância ter diminuído o contato.
Comigo eu tenho três, todos com as iniciais N e B: Nalanda Beatriz, Nalbert Bruno e Nauã Breno. Cada um nasceu em um lugar, uma é pernambucana, outro paraibano, e também tem o potiguar. São todos apaixonados pelo ambiente em que vivemos. Passam 24 horas pensando em circo, falando em circo e brincando de circo. Aprenderam os truques de forma natural, ninguém ensinou não.
Hoje eles se apresentam, não recebem nada, só a felicidade de estar no palco, de receber as palmas. Chegam a adoecer se não fazem o show. Às vezes penso em desistir do picadeiro, mas seria como arrancar uma parte deles.
Claro que viver assim traz algumas dificuldades. Nos privamos de várias coisas. Dia dos Pais, por exemplo, estamos nos apresentando para as famílias que vêm comemorar esta data vendo o show. No fim da noite fazemos um jantarzinho, ou então fica só no beijo e abraço mesmo.
A educação dos meninos é nosso maior problema. Temos uma lei que nos acoberta e diz que todas as escolas públicas devem abrir vagas para os filhos de artistas circenses em qualquer época do ano, mas a transferência de uma escola para outra não sai em menos de 30 dias, neste tempo já visitamos vários outros lugares.
Quando vamos procurar escolas às vezes passamos por muitas humilhações, mesmo com a lei, muitas delas não nos aceitam. Os meninos ficaram dois meses sem estudar quando fomos nos apresentar no Cabo porque nenhuma escola os aceitava. Puro preconceito. Quando isto acontece temos que contar com a compreensão do próximo colégio, às vezes achamos uma diretora legal que passa vários trabalhos e provas para que os meninos deem um gás nos estudos e não percam o ano letivo.
Uma das soluções que encontramos é fazer parcerias com escolas particulares locais, oferecemos cortesias e patrocínio por um tempo. Assim ficamos mais tranquilos, sabemos que lá serão bem assistidos. Viver em circo é isso, precisamos molhar a mão das pessoas para termos nossos direitos básicos.
Sempre que Nauã vai para uma nova escola é uma diversão diferente. Temos que revistar sua bolsa para saber se não está levando um nariz de palhaço escondido. Na última aula, quando chegamos para buscá-lo, a professora e seus colegas estavam em círculo em volta dele para vê-lo se apresentar. Ele é apaixonado por palhaços, já diz que será um. Se inspira em vários, menos em mim. Ele me fala "Gosto do seu palhaço não, é sem graça. Melhor como pai mesmo.
Como vivemos na estrada, não sabemos também onde vamos parar. O Brasil não trata bem seus artistas, muitas vezes temos de pousar em lugares que não são propícios. O povo pensa que circo tem que ser armado em lixão. Estávamos em Ipojuca nestas últimas chuvas, ficou tudo alagado. A água quase ultrapassou o palco, ficou no peito. Lonas ficaram sujas, o piso do nosso trailer de equipamentos ficou fofo e afundou, tivemos vários prejuízos.
A melhor parte de ser pai no circo é poder estar com meus filhos o tempo todo. Dificilmente serão pessoas ruins. Se não forem artistas de circo, serão pelo menos bons cidadãos. Minha filha diz que sou mais criança que eles, que não podem me dar uma brecha que já faço uma piada.
Eles pintam e bordam comigo, não consigo ser rígido. Sou pai palhaço, a parte chata deixo para a mãe. Nem consigo ensaiar com eles, tenho sorte dos meus filhos serem talentosos, fui tentar criar um número de contorcionismo para Nalanda mas ela sentiu dor e começou a chorar, Deus me livre tentar outra vez.
A diferença do pai do circo para o da cidade, o considerado normal, é a proximidade que esta vida mambembe traz. Não que os outros pais não queiram estar com os filhos, longe disso, mas geralmente trabalham fora, jornadas grandes e exaustivas, saem de manhã e voltam tarde da noite, mal conseguem ver seus filhos acordados. Aqui não, moro no trabalho, posso ser pai, confidente e palhaço. Estou sempre presente, cuido de todos debaixo da asa.
Por trás das cortinas é Manoel Vital Ramos, 48, marido de Dellane Haley, 31, pai de Nalanda Beatriz, 13, e dos seus dois parceiros de palco, Nalbert Bruno,12, o Beijinho e Nauã Breno, 9, o divertido Misturinha.
A vida no circo não é simples, ainda mais para um pai de três crianças que precisa se preocupar com a educação dos filhos e nunca sabe em que local estará daqui há um mês. Porém, Manoel lida com qualquer adversidade do melhor jeito que sabe, com um sorriso no rosto e os filhos do lado. A história é contada pelo próprio palhaço.
Leia o depoimento:
Sou filho de pai ausente e alcoólatra. Quando ele ia para casa estava bêbado, então minha mãe tinha que cuidar dele, de mim e dos meus nove irmãos. Deve ser por isso que sou tão família e apegado com os filhos que tenho aqui. Tenho outros que não vivem comigo e não os esqueço, apesar de a distância ter diminuído o contato.
Comigo eu tenho três, todos com as iniciais N e B: Nalanda Beatriz, Nalbert Bruno e Nauã Breno. Cada um nasceu em um lugar, uma é pernambucana, outro paraibano, e também tem o potiguar. São todos apaixonados pelo ambiente em que vivemos. Passam 24 horas pensando em circo, falando em circo e brincando de circo. Aprenderam os truques de forma natural, ninguém ensinou não.
Hoje eles se apresentam, não recebem nada, só a felicidade de estar no palco, de receber as palmas. Chegam a adoecer se não fazem o show. Às vezes penso em desistir do picadeiro, mas seria como arrancar uma parte deles.
Claro que viver assim traz algumas dificuldades. Nos privamos de várias coisas. Dia dos Pais, por exemplo, estamos nos apresentando para as famílias que vêm comemorar esta data vendo o show. No fim da noite fazemos um jantarzinho, ou então fica só no beijo e abraço mesmo.
A educação dos meninos é nosso maior problema. Temos uma lei que nos acoberta e diz que todas as escolas públicas devem abrir vagas para os filhos de artistas circenses em qualquer época do ano, mas a transferência de uma escola para outra não sai em menos de 30 dias, neste tempo já visitamos vários outros lugares.
Quando vamos procurar escolas às vezes passamos por muitas humilhações, mesmo com a lei, muitas delas não nos aceitam. Os meninos ficaram dois meses sem estudar quando fomos nos apresentar no Cabo porque nenhuma escola os aceitava. Puro preconceito. Quando isto acontece temos que contar com a compreensão do próximo colégio, às vezes achamos uma diretora legal que passa vários trabalhos e provas para que os meninos deem um gás nos estudos e não percam o ano letivo.
Uma das soluções que encontramos é fazer parcerias com escolas particulares locais, oferecemos cortesias e patrocínio por um tempo. Assim ficamos mais tranquilos, sabemos que lá serão bem assistidos. Viver em circo é isso, precisamos molhar a mão das pessoas para termos nossos direitos básicos.
Sempre que Nauã vai para uma nova escola é uma diversão diferente. Temos que revistar sua bolsa para saber se não está levando um nariz de palhaço escondido. Na última aula, quando chegamos para buscá-lo, a professora e seus colegas estavam em círculo em volta dele para vê-lo se apresentar. Ele é apaixonado por palhaços, já diz que será um. Se inspira em vários, menos em mim. Ele me fala "Gosto do seu palhaço não, é sem graça. Melhor como pai mesmo.
Como vivemos na estrada, não sabemos também onde vamos parar. O Brasil não trata bem seus artistas, muitas vezes temos de pousar em lugares que não são propícios. O povo pensa que circo tem que ser armado em lixão. Estávamos em Ipojuca nestas últimas chuvas, ficou tudo alagado. A água quase ultrapassou o palco, ficou no peito. Lonas ficaram sujas, o piso do nosso trailer de equipamentos ficou fofo e afundou, tivemos vários prejuízos.
A melhor parte de ser pai no circo é poder estar com meus filhos o tempo todo. Dificilmente serão pessoas ruins. Se não forem artistas de circo, serão pelo menos bons cidadãos. Minha filha diz que sou mais criança que eles, que não podem me dar uma brecha que já faço uma piada.
Eles pintam e bordam comigo, não consigo ser rígido. Sou pai palhaço, a parte chata deixo para a mãe. Nem consigo ensaiar com eles, tenho sorte dos meus filhos serem talentosos, fui tentar criar um número de contorcionismo para Nalanda mas ela sentiu dor e começou a chorar, Deus me livre tentar outra vez.
A diferença do pai do circo para o da cidade, o considerado normal, é a proximidade que esta vida mambembe traz. Não que os outros pais não queiram estar com os filhos, longe disso, mas geralmente trabalham fora, jornadas grandes e exaustivas, saem de manhã e voltam tarde da noite, mal conseguem ver seus filhos acordados. Aqui não, moro no trabalho, posso ser pai, confidente e palhaço. Estou sempre presente, cuido de todos debaixo da asa.
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Empresário dono de circo é preso por crime ambiental e suspeito de falsificar documentacao do circo!
O empresário Alexandre Adolfo Stankowich, dono do Circo Fenix Kids, foi preso pela Polícia Civil do Pará, na quinta-feira (11), em cumprimento de mandado de prisão preventiva expedido pelo Poder Judiciário do Estado da Bahia. A prisão foi realizada em Breves, na ilha do Marajó, onde o circo estava se instalando.
Ele teve a ordem de prisão decretada em decorrência de processo por crimes contra o meio-ambiente e patrimônio genético.
Segundo o delegado Artur Carlos Júnior, Alexandre Stankowich também é suspeito de ter apresentado documentação falsa para obter licença da Polícia Civil para se instalar na cidade. Ele será investigado por outros crimes.
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